Cap. 177
No Elle, Dr. William passa as últimas instruções para Hanna e Sarah: — Fiquem atentas e me chamem caso qualquer sinal de febre apareça. Se possível, mantenham as roupas de cama limpas e tentem fazer com que ele coma.
As mulheres ouvem atentamente, concordando com as cabeças a cada nova instrução.
O médico coloca a mão no ombro bom do desacordado Joachim e fala:
— Você está em boas mãos. Principalmente dessa moça (ele olha para Sarah) que me ajudou muito durante todo o procedimento.
— Você seria uma ótima enfermeira, senhorita Sarah. Caso queira, e sua irmã concorde, poderá me acompanhar nas consultas para aprender mais. Pense nisso.
As mulheres trocam olhares enquanto William sai e se dirige ao quarto onde o xerife repousa.
— Quanto tempo ainda? – dispara Wayne assim que o médico entra.
— Senhor xerife, o senhor não está conseguindo sair dessa cama nem para urinar ou defecar. Fizemos um furo em sua cama para contornar o problema, então, ainda levará um bom tempo.
— Por enquanto, continue tomando chá de alecrim e passando o emplastro que preparei.
Wayne puxa o doutor pela perna. Sua voz denota, apesar da agressividade, um fundo de medo quando pergunta:
— Seja honesto comigo. Eu vou poder ficar em pé de novo?
William responde de forma firme, calma e segura: — Se o senhor seguir minhas recomendações, garanto que voltará a ficar em pé, andar e montar seu cavalo.
O xerife se sente mais confortável até que o médico acrescenta: — Prometo não sair daqui até o senhor está totalmente curado.
— Agora, se me permite, irei para a cadeia atender aos doentes. – despede-se o doutor, cumprimentando com um aceno de cabeça (e uma piscadela) Lucretia, que adentra o quarto.
— Como foi a consulta? – pergunta ela ao xerife, que desiludido responde:
— Acho que nunca mais irei sarar. Até transformaram minha cadeia em um hospital.
Lucretia tenta confortá-lo: — Querido, não é melhor um lugar que cura pessoas do que um lugar que as prende?
Wayne, um tanto amargurado: — Hospitais não precisam de um xerife.
Lucretia: — Nem de delegados.
Xerife: — Verdade. Olha, você sabe como me animar.